Conheci o trabalho do Bert Hellinger há pouco tempo através da Tereza Brandão do Núcleo de Psicologia Clínica de Curitiba. Logo que a Tereza me falou sobre as Constelações fiquei encantada embora quando falava delas, devo confessar que era difícil descrever racionalmente o que elas significavam. Mas intuitivamente fazia todo sentido para mim o conceito de Totalidade que o método utiliza.

Desde que me voltei para contribuir com um mundo melhor a partir dos meus atos, sabia que, embora seja uma contribuição mínima pensando no contexto maior que a humanidade representa, eu fazia parte do todo, e que pelo menos na única parte que eu tinha real controle do todo, estava agindo. Isso me dava e me dá até hoje um sentimento de orgulho.

Nestes meus meses de instalação em São Paulo milhares de fatos e coisas estão me puxando para um lado para outro o que me impede de fazer tudo o que gostaria, porém, uma coisa é certa, esta cidade grandiosa está me dando a oportunidade – que eu aproveito o máximo que posso – em me conectar com aqueles que pensam e sentem de forma diferente. Que acreditam no seu poder de transformar, que tentam fazer coisas independentes dos outros. Que não deixam para amanhã o que pode ser feito hoje, agora. A cidade, claro, tem todo um lado ‘sombra’, mas a ‘luz’ também é muito grande e forte. Há muitos movimentos do Bem brotando nem que pipoca em óleo quente. Muitos. Nem dá para acompanhar todos. Mas esse pulsar do Bem está sendo muito encorajador e alentador para mim.

Esse movimento, é claro, também está atingindo as empresas. Sejam pelo marketing – ser vistas como politicamente corretas – ou seja por uma crença, o motivo, no fundo não interessa; o importante é que elas também estão se movimentando. Os pessimistas de plantão sempre repetem que ainda falta muito, e que na sua essência, ainda as empresas estão longe de ser sustentáveis de forma sócio–ambiental. Eles estão em parte com razão, mas essa mentalidade também lhes dá o direito a eles próprios se acomodarem e se justificarem perante a sua própria postura não sustentável. Prefiro o time dos otimistas que de tanto acreditar levam para seu mundo uma atitude pró-ativa. As empresas têm a força e responsabilidade de promover grandes mudanças, uma só que se movimente para o Bem, leva consigo milhares. E o planeta, e principalmente nós humanos, precisamos dessa agilidade.

O Bert Hellinger vem ao Brasil em agosto para tratar das Constelações nos Negócios (www.constelacaodenegocios.com.br). Não é à toa que ele vem trabalhando com esse foco. Além de separar o lixo, além de não jogar o óleo na pia e de optar por produtos recicláveis e orgânicos; em minha opinião, turminha do Bem, é hora de levar para nossa mesa de trabalho atitudes que possam mudar, nem que seja na nossa baia, a idéia de participação e responsabilidade que temos pela sustentação do ser humano como ser evoluído que cuida de todo o sistema de vida na Terra. É hora de sermos, como disse Roberto Crema num Fórum que participei, Conspiradores do Bem, aqueles que diariamente, quase no sussurro de seus atos, vão levando um novo modo de ser e agir. É hora, de termos uma postura sustentável também, como profissionais ao nos colocarmos nas reuniões, no dia-a-dia com os colegas. A empresa pode não ser, mas eles têm que saber que nós somos. É hora de sermos Um e acoplar em nós todos os nossos diversos papéis sociais que ocupamos. Meu coração me diz, que é hora de entender de uma vez por todas, que somos todos parte de uma grande Constelação.