Depois de uma semana corrida (porque a energia de que o mundo vai acabar sempre toma conta de nós no último mês do ano) eu acabei não conseguindo encontrar uma história para ilustrar o tema O EXERCÍCIO MASCULINO DA SENSIBILIZAÇÃO que deveria ter postado ontem, dentro das duas semanas de retrospectiva que estamos fazendo. Mas hoje, no salão, sofrendo para fazer a minha sobrancelha, a moça me contou que ela sempre fala para o namorado que ele é “a mulher” do casal. Porque ele é mais chorão, mais romântico, mais dados a “estas coisas de mocinha”, disse ela. Não é a primeira vez que escuto isso. 


Mais uma vez ficou claro para mim como as coisas estão andando rápido neste momento. Essa moça é jovem, muito jovem, feminina, uma artista com as mãos firmes que faz dela uma profissional plural no salão que frequento (ela é manicure, depiladora, faz sobrancelha de diversas formas, é maquiadora…). Não se trata da mulher poderosa que passa feito um furacão pelo seu namorado. Nada disso. O que temos aqui já é um exemplo claro deste movimento em que o homem se sensibiliza. Me veio a sensação de que, pela primeira vez, possamos estar mostrando realmente quem somos, sem máscaras e isso maravilhoso.

Um outro exemplo bacana rolou nesta última semana nas redes sociais. Um site publicou fotos divertidas de 23 pais que deveriam estar concorrendo ao título de melhor pai de de 2014. Se você ver as fotos aqui vai entender o quanto os homens estão abertos a se divertir, sensivelmente, com seus pequenos. Muito bonitinho.

E enquanto eu escrevia este texto o meu marido me ligou. Estamos os dois trabalhando muito para poder deixar tudo certo até dia 19 e ir descansar com a família por uns dias. Atendi o telefone e ele me disse: “liguei só para dizer que te amo”. É ou não é sensível alguém que está cansado, cheio de problemas para resolver e correndo num sábado à noite parar tudo que está fazendo só para dizer para outra pessoa que a ama?