De repente tive que parar tudo. Foi assim, sem (quase) prévio aviso que fui surpreendida pelo telefonema informando-me que minha mãe tinha sofrido um acidente doméstico. Aos 75 anos, com saúde delicada por outras doenças, quebrar o fêmur e o úmero não eram a melhor notícia que eu pudesse receber.


Parar tudo talvez não fosse o melhor mas era o que meu coração pedia. Como mulher estava vivendo o que ouvi ao longo do Projeto Mulheres: o impulso que temos de absorver e tentar resolver tudo sem abrir mão de nenhuma responsabilidade. Mas decidi que não faria tudo, desta vez não; por isso optei por parar alguns assuntos como este blog, mesmo que isso prejudicasse o fluxo de trocas que estava começando a se instalar. Assim, com fé que o que nos pertence volta quando queremos, decidi puxar meu lado masculino e me focar.

Claro que contei com a compreensão dos meus amados mais próximos, meus colaboradores e meus clientes. Sei que isso deve ter, como sempre, algo de sorte, mas também de busca por esse tipo de parceira.

Óbvio que o período me trouxe várias reflexões aprofundando em mim os efeitos do Projeto Mulheres em mim. Agora de volta, vamos continuar refletindo, sobre as mulheres e o mundo que estamos ajudando a construir?