Conheci Otávio Dias, quando ele estava quase começando com nossa querida amiga comum, Beatriz Freitas dona e idealizadora da pioneira Zest, uma das principais agências de marketing direto do país na sua época. Isso era provavelmente 1994. Quando abri a Behavior, a Zest foi um dos meus primeiro clientes e, visionária ou louca, comprou dois dos serviços que demoraram muito tempo a decolar: o Vôo de Águia e a segmentação Estilos & Estágios.


O primeiro consistia num encontro quinzenal com toda equipe na qual ajudava a ‘ampliar a visão sobre o todo’ trazendo informações correlacionadas que tinham a pretensão de ‘oferecer outros pontos de vista’. O segundo foi um dos trabalhos mais profundos que realizei durante aproximadamente 2 anos, observando e estudando os valores, atitudes e comportamentos do brasileiro, para aplicar nele, de forma genérica, uma segmentação por estilo e estágios de vida. Esse modelo até hoje me pauta nas minhas análises.


Dessa época pra cá, Otávio e eu fomos seguindo nossos caminhos mas sempre nos cruzando, reflexo da consciência que somando experiências conseguíamos ir mais longe. Acredito que seja por essa crença de troca, que Otávio decidiu criar a rede Repensadores. Originado a partir da revista Think & Love (www.thinkandlove.com.br) essa rede começou timidamente convidando algumas pessoas a escrever no encarte veiculado junto com a revista. A rede foi tomando corpo ao ponto de haver a necessidade de extrapolar a colaboração na revista e se tornar de fato uma rede na qual a troca e soma sejam amplas e verdadeiras. 


No nosso último encontro, Alexandre Sayad, também repensador, disse algo que me fez refletir: numa rede como a nossa de “gaviões e não de andorinhas” o trabalho colaborativo, se rico por um lado, por outro exige de todos nós mais esforço para funcionar. Concordo plenamente. Hoje se fala muito no trabalho colaborativo, evolução do termo ‘parceira’, mas poucos conseguem colocar esse desejo em prática. Para mim uma das dificuldades que percebo é o desejo ainda muito latente nas pessoas pela Autoria para o Reconhecimento. Só que num grupo de ‘gaviões’, no fundo, não há um líder, mas todos os são, o que implica que soltada um idéia, cada um vai fazendo sem muito comando, e o resultado, se não teve a forma prevista, com certeza é – ou deveria ser – maior do que o resultado oriundo duma liderança guiando os outros.


Para isso deixar feliz o grupo, deve se abrir mão da liderança sobre os outros e da idéia que a forma prevista por nós é a melhor. É claro que é importante que haja sintonia para que a improvisação dos ‘músicos’ gere uma orquestra exuberante e melodiosa. O que na prática, não é fácil porque até a forma como somos remunerados, tem a ver com a autoria do líder. Teremos que quebrar muitos paradigmas ainda para agirmos de fato colaborativamente em todos os campos.


Otávio sabe disso, e corajosamente está tentando: abriu espaço para a rede Repensadores no HSM ExpoManagement 2009 onde todos nós da rede, estaremos palestrando dentro do auditório Repensadores (veja conteúdo e calendário no www.repensadores.com). 


A Behavior estará presente apresentando o case: Essência Corporativa O Boticário. Pensando na platéia convidei Andrea Mota, Diretora de Mercado do Boticário, para fazer dobradinha comigo no palco e poder trazer um conteúdo mais profundo e abrangente para quem for nos assistir. Novamente o pensar colaborativo em busca do melhor, porque a única forma de aprender é fazendo.


Espero vocês lá!


Serviço: 
HSM ExpoManagement SP
Auditório Repensadores 
Palestras Rede Repensadores de 30/11 a 02/12.

Palestrantes:
Andrea Mota – Diretora de Mercado O Boticário, e
Nany Bilate, sócia – diretora Behavior
terça-feira, 1 de dezembro das 13h30 às 14h30.