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O Real foi um banco que marcou a história de branding no Brasil. Embora atuando numa área bastante árida como a financeira, soube criar credibilidade com seu discurso de busca pela sustentabilidade e com seu esforço em criar relacionamentos saudáveis.


Sem dúvida quem tornou isso possível foi o Fabio Barbosa, até dezembro de 2010 presidente do Banco, liderando equipes e consultorias que tornaram isso possível. Promovendo o ambiente, as crenças e valores necessários para que todo o discurso sustentável – no sentido mais amplo e humano – se tornasse cada vez mais verdadeiro. Quem sabe a dificuldade em tornar real objetivos que contribuam «para um mundo melhor» dentro das corporações reconhece o mérito deste homem e sua equipe.


Ele soube criar um modelo de construção de marca que foi inúmeras vezes copiado e utilizado como benchmarking. Em qualquer evento de ressonância nos tópicos branding e sustentabilidade, o Banco Real era palestra obrigatória.


Quando da compra pelo Santander muitos admiradores ficaram apreensivos, conscientes da diferenças culturais, mas o fato do Fabio Barbosa continuar como presidente trouxe alívio e orgulho a quem acompanha a trajetória dessa marca. 


Porém, soubemos agora que sua permanência só durou o suficiente para fazer a integração das duas marcas. O que me leva a crer que no quesito cultura, embora previsível a dificuldade em integrar os que ‘abraçam arvores’ com os que ‘matam touros’, talvez não haja tido tanto sucesso.


Espero realmente estar equivocada porque será lamentável se o Marcial Portela não tiver o interesse ou competência para continuar esse case mundial e que tanto ajuda a nós, que trabalhamos para ajudar às organizações para fazerem escolhas mais humanas e sustentáveis. 


Vamos esperar.