Hoje é um dia estranho para mim, pois pela primeira vez tenho certeza absoluta de que um ciclo se fechou na minha vida. Das outras vezes, levei um tempo para entender isso, mas agora, não tenho dúvida: nem de que este dia estava chegando e nem que hoje, finalmente, aconteceu. A chave que trancou esta porta foi o encerramento do meu contrato com a agência em que trabalhei por 8 anos. Mas o ciclo que se fecha é muito, mas muito maior do que isso. 

Hoje pela manhã, tirando uma carta do meu tarô de aconselhamento, fui presenteada com o “grande espelho de fumaça (reflexos)”. O conselho me dizia que não havia mais tempo para enxergar o mundo envolvido em uma cortina de fumaça. Falava ainda em tomar a minha vida nas mãos e vivê-la como eu sou, embora me dissesse também, que a fumaça tinha sido importante e cumprido seu papel. As palavras são lindas e por isso replico aqui:

foto tirada da carta que faz
 parte do baralho/livro
“As Cartas do Caminho Sagrado”

O Grande Espelho de Fumaça reflete a lição que manda deixar o mito para trás. Você é aquilo que decidir ser. Remova a cortina de fumaça que oculta os seus talentos ou méritos naturais e levante a cabeça. Descubra quais são os seus aspectos internos que necessitam de crescimento, e principie, a trabalhar neste seu processo de evolução sem perda de tempo. Já é hora de fazer aflorar todo seu potencial e comece a viver as suas verdades. (…) E finalmente, em todos os níveis, o Espelho de Fumaça nos faz enxergar a luz e a sombra como facetas úteis e necessárias à nossa evolução.






É difícil não vou negar. A gente se acostuma com um jeito de fazer as coisas e abrir mão disso, entrar num certo desconforto, traz o medo que trava, a insegurança que não queremos lidar. Mas começou a clarear no meu coração anos atrás (sim, eu disse anos atrás) que ter aquela sensação de que o pulso não pulsa e que você está eternamente cumprido um papel – que pode até ser você – mas está longe de ser o MELHOR DE VOCÊ é muito pior que o medo e a insegurança. Também concluí que a prosperidade só vem quando existe amor por si mesmo e pelo próximo ou por uma causa ou um ideal. Eu ganhava dinheiro, mas não me sentia próspera mais. A minha paixão por comunicação –  que ainda é meu propósito de vida (hoje eu sei!) ficou tão apagadinha que eu jurava que não existia mais. Isso me trouxe um bicho papão terrível para dentro de mim. De repente eu já nem sabia quem eu era. Mas no fim das contas, aos poucos, com paciência, amorosidade e muito sentir as coisas foram clareando, tomando cor novamente. Isso mesmo ainda sem saber que caminho vou seguir daqui pra frente. Mas já me sinto viva, pulsante, empolgada. Coisas que já nem sabia mais o gostinho. Não estou falando só do trabalho não. Estou falando da minha vida mesmo. Por completo, inteira e verdadeiramente eu. Tenho certeza de que tudo vai dar certo, mais certo ainda do que já deu.

Nota: esta é uma semana atípica aqui no blog, pois eu e a Nany, por diversas razões, não conseguimos organizar um tema. A Nany escreveria hoje, mas por um motivo muito especial, acabou não fazendo e me perguntou se eu poderia escrever e que o tema, eu escolheria. Fiquei animada e este texto simplesmente saiu de dentro de mim. Espero que cada palavra toque o coração de vocês e animem a agir aqueles que estão sentindo algo semelhante ao que descrevi. É o meu desejo maior no dia de hoje.

Ah…o motivo especial para a Nany não escrever é que hoje é aniversário dela. Pronto, contei.