Dezembro! E mais um ano passou pelas nossas vidas. Agora é época de fazer balanços e listas de desejos. De lembrarmos das promessas que fizemos um ano atrás e avaliar o que realizamos. Neste balanço, antes de entrar no automático e sair fazendo um check list de desejos, sugiro primeiro descobrir se algo mudou dentro de nós. Será que os objetivos são os mesmos? 

Sugiro essa reflexão porque esta claro para mim que as mudanças que estamos criando há anos dentro de nós estão cada dia mais claras e tangíveis. O que era um desejo, as vezes dito baixinho no sigilo de uma entrevista, hoje está expressado publicamente e em muitos casos em vias de realização. E o que a foto da Gisele Bündchen tem a ver com isso? Leia abaixo e assista ao filme no final deste post.

Belo ano nos espera em 2015!

Como o propósito deste blog é ajudar na reflexão através do conhecimento, nesta e na próximas duas semanas, faremos uma retrospectiva dos movimentos humanos que captamos desde 2010 para clarear o seu momento e o seu futuro. Vamos lá? 

1) A mulher poderosa quer amar e abrir mão do poder, muitas vezes, solitário. Em 2010 quando fizemos o Projeto Mulheres, captamos que as mulheres atrás de seu discurso de auto-afirmação como mulher poderosa-sabe-tudo, estava querendo amar e ser amada e para isso até abria mão da posição as vezes asfixiante e solitária, de poderosa e dona da verdade, a que resolve tudo. 

2) O Homem acuado que optou pelo silêncio. Com o Projeto Homens realizado em 2011 trouxemos que o homem decidiu calar e não revidar a hiper-valorização feminina. Uma das razões era que ele não sabia como reagir a tanto ataque mas tinha sim uma certeza no coração dele: não queria mais o poder que o deixava solitário. Ocupante desse posto por séculos, sabia bem o preço que ele exigia. Sem saber que caminhos seguir deixava a mulher ocupá-lo, entanto, encontrava tempo para encontrar seu real caminho.

3) O exercício masculino da sensibilizaçãoUm dos caminhos de exercício do novo – a sensibilidade masculina – foi a ligação forte com os filhos. Mais do que um pai que brinca, começava a exercer o papel de educar, criar, se responsabilizar – para desespero da mulher que queixava-se da falta de apoio masculina nas tarefas familiares mas que na hora que ele chega, sente seu reino invadido. E sua verdade – de que só ela sabe fazer – desmontada.

4) A mulher deseja mais leveza e diversão na sua vida. Após muito tempo de discurso que a mulher é melhor do que o homem, ela começa a olhar um aspecto que com certeza ele sabe fazer melhor: viver de forma mais leve e se divertir mesmo nos momentos mais difíceis. O papel de vigilante familiar só a deixou neurótica e principalmente chata. É hora de encontrar leveza e bom humor em todos os momentos – e nada melhor que aprender (ou re-aprender) com o (seu) homem através da característica do Sempre Menino, como nós a chamamos. 

5) O casal como reinicio. Com a descida de salto da mulher, abre-se espaço para a relação a dois. A reestruturação veio pelo amor – salve! – e o par, a sociedade a dois, como chamamos esse movimento humano na behavior, foi o caminho perfeito para reiniciar a vida, os objetivos, o futuro. Mais do que nunca na história contemporânea, o casal é a forma de criação das novas identidades femininas e masculinas.  A família fica em segundo plano. O que vale é o par, o amor parceiro-companheiro. Diminui o tesão – não se preocupe isso está generalizado – e cresce o amor companheiro, a amizade, o riso fácil e cúmplice do casal que deseja viver a vida sem tanta tensão juntos, até a velhice.

6) A evolução do “poder sobre” para o “poder para”. O poder está mudando de eixo: sai do poder sobre que subjuga, que utiliza a hierarquia para se posicionar, para o poder para que aproveita o poder para desfrutar, viver, ter segurança. O poder com seus estereótipos de ostentação clássicos abrem espaço para o luxo do tempo livre, da liberdade, da autonomia. Ninguém quer abrir mão do conforto e a segurança que o dinheiro traz mas há uma claridade sobre as escolhas, e no trade off da vida, ter menos pode significar ter mais.

Fiquei muito feliz quando vi o novo filme da Chanel estrelado pela Gisele Bündchen por trazer boa parte dos movimentos humanos que estamos falando há um bom tempo (veja nosso post sobre o filme agora). É a primeira vez que uma marca de tamanha importância ousa abordar de forma tão explícita os novos tempos.  E pela sua relevância no mundo da moda, alavancará mudanças de forma mais rápida e contundente.

Mas devido a tantas resistências que enfrentamos quando apresentávamos os resultados de nossos Projeto Mulheres, Projeto Homens e Projeto Uno, é de alma lavada como me senti quando vi a explicação do diretor do filme (assista o filme logo baixo). 

É isso pessoal, estamos mudando. E bem rápido. Que tal agora sim fazer nossa lista de desejos para 2015?