Os ciclos da vida sempre me interessaram, desde criança. Adulta, resolvi estudá-los e quanto mais mergulho neles em diversas culturas, crenças e religiões, mais me convenço que tudo tem uma base só apesar das aparentes diferenças. 

 

Como sociedade estamos vindo de anos difíceis mas necessários – aliás, normalmente os anos difíceis cumprem o papel, de nos empurrar a realizar o movimento que, os anos bons e suaves aos nos entorpecer, adiamos. “Nos tempos calmos, o coração adormece“, disse um padre católico numa missa que ouvi tempo atrás. Se aprendêssemos mais rapidamente, ao invés de reclamar tanto durante os anos difíceis, tentaríamos fazer as mudanças que precisamos, com maior agilidade e com menor medo. Mas resistimos. Mesmo ruim, resistimos, pelo conforto do conhecido. 

Em 2013, ano da serpente no horóscopo chinês, fomos obrigados a tirar a pele e passar pelo, as vezes doloroso, processo de transformação.  Sair da área de conforto. Olhar para aquilo que não se queria ver. Cortes, separações aconteceram, mudanças drásticas de planos, também. Principalmente, mudanças de status quo. Difícil estarmos hoje iguais a 3 anos atrás. 

 

2014 foi o ano do cavalo, para começar a andar. Alguns levaram quase o ano todo para iniciar a caminhada ainda atordoados com as consequências que 2013 deixou. Para ajudar nas escolhas, 2014 trouxe a verdade à mesa. Coisas ocultas vieram a tona, boas e ruins. Tanto no cenário público como privado. Tudo ficou mais claro. Podemos não gostar do mundo que vivemos e que ajudamos dia-a-dia a construir, mas hoje, não podemos dizer que não sabemos.

 

Para quê tudo isso? Para decidir com maior propriedade. Simples assim. Depois da transformação de 2013 – terremoto e destruição para alguns – 2014 foi o ano para começar a se colocar em pé, observar e decidir o que se quer levar consigo. Foi um ano que muitos de nós questionamos valores, estilos de vida e planos futuros. Foi o ano de maior busca de conexão com o sentir e menos com aparências e modismos. A busca foi por uma resposta maior, aquele tipo de resposta que só ansiamos de tempos em tempos saber, e que responde uma importante questão de nossa existência: afinal, o que que quero ser? Como quero viver daqui para frente?

 

2015, ano da cabra, o animal que nunca para de trabalhar, vem para concretizar essa resposta. Claro, para quem levou o questionamento a sério e a fundo. Será o ano de realizar, trabalhar e, finalmente, colher. Para quem não decidiu ainda, decida logo. 2015 começa, segundo a astrologia e o calendário chinês, em março. Para quem está pronto para iniciar, comemore o dia 31 de dezembro o fim dos tempos duros de crise, e inicie, pisando firme, seu ano em 1° de janeiro, quando começa segundo o calendário gregoriano.

 

Seja março ou seja 1° de janeiro, em 2015 o caminho é da construção e da ação. Do trabalho, da produção e, não tenho dúvidas, da colheita. Merecida colheita. Quem não tem medo – e preguiça – em trabalhar naquilo e para aquilo que se deseja na alma, 2015 será o ano de construir uma realidade mais alinhada com o nosso Sentir. De sermos mais autênticos e genuínos com nós mesmos. Quem sabe não está ai uma das chaves para a tão desejada felicidade?

 

Bom 2015 para todos nós!